A Sociedade em Rede e a Educação






Caros Amigos e Amigas,


Informo e peço que divulguem um grande evento sobre uso de tecnologia móvel com foco na educação que está acontencendo em São Paulo com vários feras da comunicação, das TICs , da educação. Trata-se do Seminário " A Sociedade em Rede e a Educação " que acontece na sede da Vivo.

A idéia é apresentar a Educomunicação como elemento mediador do uso das Tecnologias na Educação enfatizando as possibilidades do uso dos celulares como instrumento de produção midiatica. Serão emprestados celulares que serão utilizados pelos adolescentes na cobertura do evento. O evento está sendo transmitido ao vivo pela web e com certeza também não podia ficar de fora da nossa rede! Divulguem!!

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Abraços.

O sabor da vida


Se a vida tivesse sabor, qual seria o gosto da sua? Alguém me fez esta pergunta, e me deixou intrigada. Confesso que, como chocólatra que sou, pensei em responder que minha vida teria gosto de chocolate. Mas pensei um pouco mais, percebi que não teria argumentos fortes para assegurar tão afirmativa. Uma resposta boba e impensada. Então, a pergunta, aparentemente simples, tornou-se assustadora. Qual o sabor da minha vida? Eu deveria saber. Aliás, já não era mais nenhuma criança. Aquilo acabou fugindo dos meus pensamentos com o tempo. Acreditei que seria incapaz de responder esta pergunta. Acabei esquecendo-a. Muito tempo depois, andando apressada pelas ruas da cidade, parei em um pequeno parquinho. Estranhamente, me sentei num banco perto de um local em que crianças brincavam. Transformei em uma testemunha do que acontecia naquele local. Observava as pessoas alí próximas. O banco estava posicionado num local que possibilitava uma visão mais ampla do lugar. Visualizei um grupo de crianças divertindo-se em brinquedos alí instalados. Um casal conversando energicamente, a mulher parecia chorar, e o homem parecia reclamar alguma coisa. Um casal de idosos caminhando de mãos dadas estampando um leve sorriso no rosto. Relembrei da pergunta, ainda sem resposta, e pensei no que eles responderiam se a mesma pergunta fosse feita para eles. Se a vida tivesse sabor, qual seria o gosto da vida deles? Pensei, mas nada saia, nenhuma ideia. Analisei a fraternidade e companheiros do casal de idosos. Pensei na fragilidade da relação do casal que discutia, da falta de paciência. Na alegria e tranquilidade das crianças. Conclui que cada grupo deveria ter um sabor diferente. E desta vez, fui além da ideia comum que vem a nossa mente quando nos referimos a palavra sabor, ao casal mais velho pensei que diriam que o sabor de suas vidas foi estar lado-a-lado um do outro em todos os momentos. Para o jovem casal pensei que, apesar de tudo, o sabor seria o da reconciliação, aliada a um pouco de coragem e confiança. As crianças pensei no saber da felicidade, da disposição, do bom coração e da liberdade. Depois, pensei em mim; e falei sozinha que o sabor da minha vida era o equilíbrio: da liberdade, do perdão e do companheirismo. Um sabor diferente para cada fase da vida. Não um sabor, mas vários, que se alteram ao longo do tempo. Tempo que nos ensina que os sabores são variados, mas a lembrança é única. E, apenas ela é que fica.

Igual, mas diferente.



Decidi ouvir aquela música pela última vez. Já faz um bom tempo que esta ideia não sai da minha cabeça. Mesmo com uma letra tão bonita e uma melodia tão suave, não conseguia deixar de remeter aquele som a um determinado momento. Um som tão alegre se transformava em algo melancólico. Não era justo, nem comigo, nem com a música. Talvez, a superação não dependesse apenas dessa atitude, que aparentemente não iria surtir nenhum efeito. Mas alguma coisa precisa ser feita, e com urgência. Adiar mais, seria a maior burrice de todas, inigualável a todas as anteriores. Não consegui pensar em culpados. Não tenho a intenção de ser júri de ninguém. Porém, sei que a minha parcela está devidamente contabilizada. E, finalmente, consegui aceitá-la. E por mais pesada que seja, a saudade, não se torna mais amarga. É como se as linhas se projetassem para algo distante, incerto. E assim, os dias, as horas, os minutos, os segundos passavam, ora lentamente, ora apressados, mas muito menos amargos. Agora, a música é outra, com uma melodia menos suave, porém significativa, envolvente. E mesmo que, os sujeitos se misturassem, e o "eu" não fosse mais o mesmo, não tentava encaixar tudo, como num quebra-cabeças que sempre ficava incompleto. O que ganhei de presente, que estava guardado por muitos anos, um dia resolvi dividir as peças. Contudo, depois não consegui achar todas as peças. Quase tive êxito. Uma, apenas uma, e nada mais, se perdeu. E para não pensar neste vazio, e no que ele representa, o guardei na gaveta. Algumas vezes, o vejo de longe, pois a pressa não permite que pare para remontá-lo. A pressa e o medo. O último, o pior deles, paralisa, entristece, limita. Se hoje, a coragem me falta, em breve, pode voltar. Espero ansiosa por este dia, espero também que consiga ter coragem para seguir sem a peça, que agora me falta.