Impressões sobre Lapinha da Serra (Laponga de La Sierra)

Gerais...


Caldo de feijão e porção de linguiça com mandioca após duas horas comendo terra na estrada pra Laponga: 22,00 reais
Almoço de sábado com MUITAS opções incluindo arroz com pequi e bife borracha: 8,00
Almoço de domingo com direto a incêndio no restaurante: 6,00 reais
Almoço de segunda do tipo "implorando bifes para a grávida preguiçosa do restaurante": 8,00
Água salva-vidas na chegada da caminhada voltando de Lajeado: 2,00 reais


Disputa de saltos no cachoeira do Boqueirão com presença ilustre de Falcão do Rappa, NÃO TEM PREÇO!
Namorado se negando a matar bicho que faz "crek", NÃO TEM PREÇO!
Mulher maravilha (versão tambor de 100kg) desfilando no bloquinho de carnaval, NÃO TEM PREÇO!
Família buscapé com patriarca hiper-ativo no Boqueirão, NÃO TEM PREÇO!
Alex combinando pelada com os "bicho-grilo" depois de caminhar 3h e Marcão se oferecendo pra jogar de lateral, NÃO TEM PREÇO!



Pílulas...


Pousada do Seu Cléber com prosa matinal incluída: 630,00 reais
O vento de Laponga, NÃO TEM PREÇO!

Pet com água de cachoeira embaçada congelada (conhecido como gelo, em Lapinha): 3,00
Namorados espartanos carregando o cooler pra beber cerveja quente na cachoeira do Lajeado, NÃO TEM PREÇO!

Garrafa de Grey Goose: 40,00 dólares
Dormir com o clone do Seu Cléber ao meu lado, NÃO TEM PREÇO!

Caminhada para Lajeado: NÃO TEM PREÇO, mas dorflex para estiramento na coxa esquerda custa 4,00 reais e protetor solar pra tentar amenizar a insolação custa 24,00 reais.

Último almoço na Lapinha: 13,00
Voltar para casa, NÃO TEM PREÇO!

Duas saudades

Existem duas saudades, a saudade para quem fica e a saudade para quem vai.

A primeira delas é aquela da mulher de soldado, da mãe de mochileiro, da metade da dupla sertaneja que não morreu.
É uma saudade mais doída, é a espera, ela demora e angustia. Quem sente esta saudade não quer mais senti-la.
Quem fica não se desconecta, porque vive a mesma vida, no mesmo lugar, os mesmo cheiros, as mesmas lembranças. Quem fica lembra! E não pode esquecer, porque a memória sustenta a saudade.
Mas, sabe de uma coisa...quem fica pode fazer diferente, hoje por exemplo eu fiz, eu escrevi, o que não faço há algum tempo.

A segunda saudade é aquela do pai que trabalha viajando, do estudante no exterior ou do aposentado que trabalhou em uma empresa durante 40 anos.
É uma saudade menos doída, é a ansiedade para o retorno ou a sensação de dever cumprido nos anos que não voltam mais.
Quem vai se desconecta, porque vive um mundo paralelo. Quem vai às vezes esquece! É válido esquecer, porque só assim a vida abre portas, mostra oportunidades para quem se dispõem a conhecer, mudar, realizar, fazer diferente...qualquer coisa em qualquer lugar.

Saudade...vale sentir!!!
... e eu que já fui e já fiquei...


“Não se admire se um dia
Um beija-flôr invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir...
Fui eu que mandei o beijo
Que é prá matar meu desejo
Faz tempo que não lhe vejo
Ah! que saudade d'ocê..”

Quanto mais subjetividades reunidas maior a objetividade.

Por que os espaços de produção colaborativa são inteligentemente objetivos?

Porque eles reúnem várias subjetividades que aos se tornarem públicas num espaço de colaboração perdem caráter pessoal e são apropriadas pelo coletivo. Tornar público o conhecimento não é perdê-lo, mas sim perder a subjetividade sobre ele. Quanto mais subjetividades reunidas mais objetivo é o conteúdo de um site, de um livro ou um jornal. Essa tendência anulativa entre as subjetividades é inevitável, pois num espaço coletivo o “eu” perde rapidamente a vez em detrimento de uma objetividade distribuída ente os autores do conteúdo. É por isso que a Wikipedia está matando de raiva os defensores da Enciclopédia Britânica, pois o que parecia uma ferramenta de orgia colaborativa, tornou-se referência do conhecimento. É lá onde as subjetividades morrem, com uma simples participação num verbete, que se iniciam os passos para a inteligência coletiva.

Eu quero


Eu quero um (a):

Cama no caminho
Meta metade
Santo santuário
Susto suspeito
Sorriso sortudo

Novidade notória
Parceria parcial

Carinho carente
Amor amontoado
Sucesso sustentado
Formosura formada
Prazer prático
Felicidade feita
Eternidade eterna

Os abusados



Abusados são aqueles que traficam no morro e insitam a revolução social? Abusados são os editores que determinam um repórter para uma matéria por achá-lo parecido com os jovens da favela? Abusados são aqueles que entram no morro com o objetivo de relatar a vida do moradores em determinado episódio e saem de lá ameaçados por uma entrevista com o traficante da favela? Ou abusado é Caco Barcellos que relata tudo isso em “Abusado – O Dono do Morro da Dona Marta”?

O que está relatado no livro de Barcellos é um episódio lamentável para o jornalismo brasileiro. Não considero um episódio policial, nem político ou social, é sim um capítulo as ser lamentado na história do jornalismo. A gravação do clipe de Michael Jackson no Morro da Dona Marta foi uma opção dos produtores do cantor que precisavam de cenas de mazelas do terceiro mundo para dizer “They don't care about us”. A negociação para gravação do clipe previa segurança da equipe de produção feita pela própria “força tarefa” do Dona Marta e a não participação da imprensa no evento. Vale a pena citar o esquecido Art. 1º o Código de Ética do Jornalista que diz: “o acesso à informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse.”

Diante desse impedimento, os editores do jornais O Dia, O Globo e Jornal do Brasil, em um momento “diretores de cinema” escolheram seus melhores repórteres para a “missão impossível” do Morro Dona Marta. Os critérios de escolha são bem peculiares levando em consideração que os três repórteres deveriam se infiltrar na comunidade como parte dela, tentar fazer imagens e escrever suas matérias sobre a visita de Michael Jackson. O repórter Marcelo Moreira, do Jornal do Brasil, foi escalado porque parecia muito com os jovens da favela principalmente quando usava o boné virado para trás. Nelito Fernandes, do O Globo, foi criado em áreas pobres do Rio de Janeiro e conhecia bem a realidade de comunidades pobres. Enfim, Sílvio Barsetti, do O Dia, um repórter habituado a cobrir reportagens policiais (pena que desta vez foi escalado para atuar no filme “Afundando o jornalismo brasileiro”). Estes foram os critérios editoriais mais preconceituosos que o jornalismo brasileiro já vivenciou.

E lá se foram os três repórtres entrar na favela para serem rapidamente descobertos pelo grupo de Juliano VP, o chefe do tráfico no Dona Marta. A cobertura do evento de Michal Jackson terminou aqui, sendo o próximo capítulo da história a entrevista concedida por Julianao VP aos repórteres fantasiados. Na negociação da entrevista estava prevista a saída do fotógrafos e não divulgação do nome do entrevistado. O traficante confiou na palavra de honra dos três repórteres que entre tantas disparadas ouviram durante a entrevista que “Jornalistas são abutres. Não podem ver carniça.” Vale a pena citar o esquecido Art. 8º o Código de Ética do Jornalista que diz: “sempre que considerar correto e necessário, o jornalista resguardará a origem e identidade das suas fontes de informação.”

Os jornalista dispensaram, não entendo por que motivo, o uso do gravador e apenas anotaram aquela que seria a entrevista mais marcante de suas vidas. Com as informações em mãos os repórteres chegaram em seus respectivos jornais para a consulta ética ao editor: e aí, dar ou não dar o nome do traficante? A decisão dos três jornais foi pela não preservação da fonte. Nelito Fernandes ouviu do seu editor “não tem acordo com bandido” e que sem o nome não haveria reportagem. Marcelo Moreira publicou o nome por achar que o concorrente do O Globo publicaria. Barsetti, forçado pela decisão editorial, também divulgou o nome do traficante. Mesmo ameaçados com um aviso de Juliano VP “Olha cuidado com o que vocês vão escrever, que eu descubro o endereço de vocês”, os repórteres (respaldados pelos editores) assumiram a responsabilidade e cometendo uma série de erros publicaram suas matérias. Os jornalistas se subordinaram ao interesse pelo furo, à concorrência pela informação. Vale a pena repensar essa subordinação. Vale a pena citar o esquecido Art. 6º o Código de Ética do Jornalista que diz: “o exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social e finalidade pública, subordinado ao presente Código de Ética.”

O jornalismo é uma das profissões de maior exposição do profissional. Isso porque ele é responsável pelo que escreve, pelas opiniões que forma e pelas repercussões que causa. É por isso que a informação correta prevê problemas e preserva a credibilidade do jornal e do repórter. A grande polêmica da entrevista de Juliano VP foi a frase: “Não cheiro, não bebo. Eu só fumo o mato certo”. As diversas versões desta afirmação causaram a discussão ética sobre a manipulação da informação de maneira imprecisa pelos jornalistas. Nelito Fernandes com prudência não entendeu e não divulgou a frase, foi retaliado pelos editores. Sílvio Barsetti publicou: “Nunca fiz isso. Eu não cheiro, não fumo, não bebo. Só mato o certo”. A última frase é resultado de uma inferência do repórter com base em outras declarações do traficante. Atenção, o papel do repórter não é inferir! Marcelo Moreira publicou: “Eu não bebo, não fumo e não cheio. Meu único vício é matar, mas só mato quem merece morrer”. Tardiamente o repórter admitiu a interpretação errada da fala do traficante. Atenção, o papel do repórter não é interpretar! Vale a pena citar o esquecido Art. 7º o Código de Ética do Jornalista que diz: “o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos, e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação.”

A entevista rendeu boas manchetes, interessante é perceber a variação de linha editorial nos três veículos Jornal do Brasil. O Dia, O Globo. Uns mais formais, outros mais radicais, alguns apostando em manchetes com trocadilhos outros apostando em palavras que causariam maior embate político e repercussão social. Dessa forma, as três machetes: O Jornal do Brasil: “O dono do Dona Marta”. O Dia: “O tráfico está pronto para a Guerra”e O Globo: “Traficante comanda a segurança e desafia a polícia”.

O resultado de todo este episódio foi a mudança na vida pessoal dos repórteres. A repercussão social e política das matérias renderam comentários do subsecretário, Hélio Luz; do governador, Marcello Alencar e juíza Denise Frossad. O que menos importava naquele momento era analisar o que os formadores de opinião tinham a dizer sobre o que escreveram os formadores de opinião. Importava ver o risco, não calculado, por repórteres e editores ao finalizar estas matérias. Sobre a vida dos três repórteres abusados: Nelito Fernandes, ameaçado, passou um tempo fora do Rio de Janeiro, evitou por um longo período dar nome e endereço. Marcelo Moreira foi ameaçado por telefone, mas resolveu enfrentar o problema na cidade. Sílvio Barsetti tomou cuidados básicos de segurança pessoal. Sobre Juliano VP, saiu do “megaestrelato” do clipe, para a derrota nas capas de jornais. Mas, a derrota para um abusado não significa nada, o famoso dono do Dona Marta só inaugou sua presença nas manchetes brasileiras.

Eu sigo os meus autores




Ahhh o twitter...
O nós e a rede precisava urgentemente opinar sobre a nova rede social mais badalada so últimos tempos. Agora blogar saiu de moda, o negócio é twittar. O ato de twittar resume toda a lógica que estamos "projetando" em: "Análise dos modelos teóricos do ambiente comunicacional em rede e suas aplicações práticas em produtos de comunicação para hipermídias". É a quebra da matriz tradicional, a revolução digital, a produtividade colaboratva, a informação em tempo real sem onipotência de pólos produtores, é Twitter!
Nesse universo de "projetanda" escolhi seguir meus autores. Meus porque agora já são meus mesmo! Amigos, companheiros e oráculos. Imagina diariamente saber o que está pensando, lendo e discutindo Alex Primo, Pierre Lévy, Lúcia Santaella, André Lemos e Raquel Recuero. É praticamente se tornar amiga deles.
Mas falando sério, sem exageros nos sentimento de intimidade o Twitter oferece a oportunidade de seguir, no verdadeiro sentido da palavra. Pelo menos seguir os passos digitais de quem você quiser.

Quer seguir o Nós e a Rede?
http://twitter.com/nosearede

A Sociedade em Rede e a Educação






Caros Amigos e Amigas,


Informo e peço que divulguem um grande evento sobre uso de tecnologia móvel com foco na educação que está acontencendo em São Paulo com vários feras da comunicação, das TICs , da educação. Trata-se do Seminário " A Sociedade em Rede e a Educação " que acontece na sede da Vivo.

A idéia é apresentar a Educomunicação como elemento mediador do uso das Tecnologias na Educação enfatizando as possibilidades do uso dos celulares como instrumento de produção midiatica. Serão emprestados celulares que serão utilizados pelos adolescentes na cobertura do evento. O evento está sendo transmitido ao vivo pela web e com certeza também não podia ficar de fora da nossa rede! Divulguem!!

Comentários no blog depois!

Abraços.

O sabor da vida


Se a vida tivesse sabor, qual seria o gosto da sua? Alguém me fez esta pergunta, e me deixou intrigada. Confesso que, como chocólatra que sou, pensei em responder que minha vida teria gosto de chocolate. Mas pensei um pouco mais, percebi que não teria argumentos fortes para assegurar tão afirmativa. Uma resposta boba e impensada. Então, a pergunta, aparentemente simples, tornou-se assustadora. Qual o sabor da minha vida? Eu deveria saber. Aliás, já não era mais nenhuma criança. Aquilo acabou fugindo dos meus pensamentos com o tempo. Acreditei que seria incapaz de responder esta pergunta. Acabei esquecendo-a. Muito tempo depois, andando apressada pelas ruas da cidade, parei em um pequeno parquinho. Estranhamente, me sentei num banco perto de um local em que crianças brincavam. Transformei em uma testemunha do que acontecia naquele local. Observava as pessoas alí próximas. O banco estava posicionado num local que possibilitava uma visão mais ampla do lugar. Visualizei um grupo de crianças divertindo-se em brinquedos alí instalados. Um casal conversando energicamente, a mulher parecia chorar, e o homem parecia reclamar alguma coisa. Um casal de idosos caminhando de mãos dadas estampando um leve sorriso no rosto. Relembrei da pergunta, ainda sem resposta, e pensei no que eles responderiam se a mesma pergunta fosse feita para eles. Se a vida tivesse sabor, qual seria o gosto da vida deles? Pensei, mas nada saia, nenhuma ideia. Analisei a fraternidade e companheiros do casal de idosos. Pensei na fragilidade da relação do casal que discutia, da falta de paciência. Na alegria e tranquilidade das crianças. Conclui que cada grupo deveria ter um sabor diferente. E desta vez, fui além da ideia comum que vem a nossa mente quando nos referimos a palavra sabor, ao casal mais velho pensei que diriam que o sabor de suas vidas foi estar lado-a-lado um do outro em todos os momentos. Para o jovem casal pensei que, apesar de tudo, o sabor seria o da reconciliação, aliada a um pouco de coragem e confiança. As crianças pensei no saber da felicidade, da disposição, do bom coração e da liberdade. Depois, pensei em mim; e falei sozinha que o sabor da minha vida era o equilíbrio: da liberdade, do perdão e do companheirismo. Um sabor diferente para cada fase da vida. Não um sabor, mas vários, que se alteram ao longo do tempo. Tempo que nos ensina que os sabores são variados, mas a lembrança é única. E, apenas ela é que fica.

Igual, mas diferente.



Decidi ouvir aquela música pela última vez. Já faz um bom tempo que esta ideia não sai da minha cabeça. Mesmo com uma letra tão bonita e uma melodia tão suave, não conseguia deixar de remeter aquele som a um determinado momento. Um som tão alegre se transformava em algo melancólico. Não era justo, nem comigo, nem com a música. Talvez, a superação não dependesse apenas dessa atitude, que aparentemente não iria surtir nenhum efeito. Mas alguma coisa precisa ser feita, e com urgência. Adiar mais, seria a maior burrice de todas, inigualável a todas as anteriores. Não consegui pensar em culpados. Não tenho a intenção de ser júri de ninguém. Porém, sei que a minha parcela está devidamente contabilizada. E, finalmente, consegui aceitá-la. E por mais pesada que seja, a saudade, não se torna mais amarga. É como se as linhas se projetassem para algo distante, incerto. E assim, os dias, as horas, os minutos, os segundos passavam, ora lentamente, ora apressados, mas muito menos amargos. Agora, a música é outra, com uma melodia menos suave, porém significativa, envolvente. E mesmo que, os sujeitos se misturassem, e o "eu" não fosse mais o mesmo, não tentava encaixar tudo, como num quebra-cabeças que sempre ficava incompleto. O que ganhei de presente, que estava guardado por muitos anos, um dia resolvi dividir as peças. Contudo, depois não consegui achar todas as peças. Quase tive êxito. Uma, apenas uma, e nada mais, se perdeu. E para não pensar neste vazio, e no que ele representa, o guardei na gaveta. Algumas vezes, o vejo de longe, pois a pressa não permite que pare para remontá-lo. A pressa e o medo. O último, o pior deles, paralisa, entristece, limita. Se hoje, a coragem me falta, em breve, pode voltar. Espero ansiosa por este dia, espero também que consiga ter coragem para seguir sem a peça, que agora me falta.

Abolir os pontos


Vamos combinar
A partir de hoje vou abolir os pontos
Nada de exclamações interrogações pontos finais nem vírgulas
Chegaaa
Cansei mesmo
Morte a todos eles
Menos a concordância
Claro
Será que dá pra entender tudo isso que escrevi até agora
E o sentido
Onde fica
Ai ai
Talvez não seja uma boa ideia
tirar férias da pontuação
Como vou dar vida as minhas ideias
Como vou dar sentido a elas
Nãoooo
Peraí
Nada vai me impedir
de ficar um dia
pelo menos um dia
Sem fazer uso deles
Os símbolos
Que concedem as palavras todo sentido
E a dualidade
O duplo sentido
Não
Definitivamente
Quero tirar o dia para não pensar
Não escrever
Nem pontuar
Nem que seja apenas um dia do ano
Quero dar sentido a vida
de outra forma
Sem ter que
Indagar nem
Pontuar
Só deixar que
todos entendam o que quiser
e como quiser
E se
não ficarem satisfeitos com a minha greve
me procurem amanhã
Com certeza
o motim terá terminado
Afinal
Não há como se expressar
com eficiência sem eles
*(Acabou)
O momento de histeria também