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Livro de Hitler ganha versão mangá no Japão


Bitte schön!

Se era bom, ficou ainda melhor! O post abaixo é destinado a nossa amiga Alba, apaixonada por quadrinhos e pelas histórias irradiantes do nosso Admirável (eu disse admirável e não adorável) artista e líder político, "führer".

Para quem já leu "Mein Kampf" (em português, Minha Luta), livro escrito na prisão por Adolf Hitler, sabe que é um ótimo livro para os adoradores de história (em particular a época conturbada do "entre-Guerras"), e para quem deseja tentar compreender um pouco a mentalidade desta personalidade que foi figura chave na evolução do mundo da forma que vemos hoje. Podemos tentar entender de onde ele tira todo aquele ódio descabido contra os judeus, como outras coisas que passam pela cabeça desse que foi um grande manipulador de massas.

O objetivo deste post é divulgar que 2 polêmicos e famosos livros acabaram de ganhar os traços do mangá no Japão. Como você, leitor, já deve estar imaginando, um deles é o Mein Kampf, que chegou às livrarias japonesas em novembro. Agora, em dezembro, é a vez de O Capital, de Karl Marx. (ps: tenho certeza que esta notícia será muito bem recebida por certas pessoas aqui, aguardem os comentários)

A iniciativa foi da editora japonesa East Press, que resolveu incluir estas duas obras na sua coleção Clássicos da Literatura em Mangá.

"A idéia é oferecer ao leitor a possibilidade de ler um clássico e entender os conceitos em apenas uma hora", explicou o editor-chefe Kosuke Maruo à BBC Brasil.

Mein Kampf é um livro polêmico, pois contém as sementes da ideologia anti-semita e nacionalista que marcou o nazismo. "A idéia não é apresentar Hitler como vilão ou herói, mas apenas mostrar quem era e o que ele pensava. Não estamos preocupados com polêmicas", disse Maruo.

O editor lembra também que o livro, cuja publicação e venda são proibidas em alguns países, já foi editado no Japão. "Além disso, todo mundo já conhece a história inteira e como os nazistas pensavam", reforça ele, que diz não ter recebido até agora nenhuma reclamação de leitor.

O mangá conta a história do líder nazista, desde a infância, até culminar na Segunda Guerra Mundial. Fala também do ódio que ele sentia pelos judeus. "Vendo a história de vida dele, não dá para achar que era uma pessoa totalmente ruim. Ele era apenas uma pessoa triste", defendeu o editor-chefe.

Entre as obras conhecidas da literatura e da filosofia que viraram mangá pela East Press estão Crime e Castigo, de Dostoiévski, Fausto, de Goethe, Rei Lear, de Shakespeare, e Guerra e Paz, de Tólstoi.

Fica aí, então, mais uma dica cultural para quem gosta de uma boa literatura!


Auf Wiedersehen!


obs: os dados acima foram retiradas de notícia divulgada no globo.com

Morte ao totalitarismo



MORTE AO TOTALITARISMO

Bem! Não tinha compreendido muito bem o que significava aquele termo. Acho que era porque escutava poucas vezes, talvez fosse por causa da pouca idade. Não sei!
Levantei a mãozinha um pouco temerosa!
- Professora? O que é totalitarismo?
Ela ficou meio assustada e me respondeu algo que satisfez naquele momento.
Alguns anos depois percebi o motivo pelo qual a professora não falou o sentido real do termo. Não tinha nem chegado perto. é triste perceber como os sonhos de criança podem ser mortos por causa do totalitarismo. Talvez ela não desejasse matar meus sonhos. Talvez!
Pra mim qualquer tipo de totalitarismo, seja político ou ideológico é prejudicial a paz e ao sonhos infantis.
Uma idéia absoluta pra mim é totalitária. Acredito que os conflitos e guerras acontecem no mundo devido a idéia que desenvolvemos de ser melhores que outros povos. Com este pensamento estou indo além na essência da significação de tal palavra. Acho que estas lembranças voltaram depois de assistir "Persépolis" (2007).

Hq's e o mundo real


Emaranhado de conceitos e histórias na produção de uma animação. Desenho, animação, emoção, realidade, complexidade histórica, jogo de imagens e reflexão. Isto e muito mais é Persépolis - não posso reduzir este filme a poucos termos, seria injusto-. Quando você vê a capa desta animação, nem imagina que a história vai muito além de histórias infantis. E se, por algum motivo, tem preconceito em relação as adaptações de histórias em quadrinhos, pode esquecer agora! A Hq's que serviu como base para a animação é de Marjane Satrapi, cartunista iraniana, que presenciou a revolução islâmica e suas consequências trágicas em seu pais. Passou por momentos difíceis da história do Irã, ditadura, idéias retrógradas, perseguição, machismo e preconceito.

Ruínas de Persépolis

Vale muito assistir a "Persépolis". A animação em 2 D, autobiográfico, além de ser preto e branco, relata a história de uma garotinha que vive com sua família em Teerã (1978) e presencia a Revolução Islâmica em seu país. E é a pequena Marjane, de nove anos, que
mostra todos os aspectos dessa revolução no dia-a-dia. O legal é que o desenho tem um caráter lúdico, é como se estivesse saindo da cabeça de uma criança. Persépolis revela como a liberdade vai sendo cerceada pelos fundamentalistas e como as pessoas fazem para continuar tendo esperanças. A produção é capaz de sensibilizar e encantar ao mesmo tempo. A inteligência, sensatez e humanidade da personagem central, Marjane, conduzem a história, assim como o conflito vivido no pais. Mostra que não é um grupo totalitário que vai desfazer os planos e sonhos de um povo, muito menos de uma garotinha. Não tão garota mais, que acredita, sempre, que dias melhores virão.
Além de mexer com a sensibilidade do espectador, Persépolis não deixa de ser leve e gostoso de assistir. Alimenta a esperança, os laços familiares e a vontade de viver, onde quer que seja!

Ps: Agradecimento especial para o meu irmão que sempre me indica coisas boas. Sempre.

Ps2:
O governo do Irã creditou o filme como uma sabotagem a cultura Iraniana.
A animação conquistou prêmios como:
Prêmio do júri em Cannes em 2007.
Premiado no Festival de São Paulo

I love Will


Já são três anos sem Will. Mas sua genialidade, simplicidade e maestria em suas publicações vão ficar pra sempre não memória daqueles que conheciam sua forma de trabalho. Se não conhece o cara está perdendo. Que tal começar por "O Edifício", "Um contrato com Deus e outras histórias de cortiço" ou "The Spirit"?!? Já conversei com algumas pessoas que viravam a cara para as HQ's e acabaram gostando de Will Eisner. Admirado por suas idéias, William Erwin Eisner transformou-se em uma lendas dos quadrinhos, assim como o Bob Kane e Jack Kirby, dentre tantos outros. Só para se ter uma noção, a história de Spirit, personagem que defendia a cidade de Central City do crime e que era publicado em uma espécie de suplemento de quadrinhos dos jornais chegou a ter 5 milhões de leitores por semana. Contudo, ao reler as aventuras do policial e investigador, Denny Colt, que dado como morto, aproveita da situação para lutar contra o crime, deparei com uma conclusão um pouco inusitada. Eisner é claro em suas histórias, é ingênuo, mas esta ingenuidade e simplicidade é que concede o tom certo de suas histórias. Narrativas que prendem, mexem com o imaginário e, principalmente, com a sensibilidade. A adaptação do personagem para as telonas somente faz reviver a grandiosidade do produtor desse grandioso herói. Spirit foge do estereótipo dos já conhecidos heróis super poderosos.


Estava na cara que o desenhista e roteirista tinha criado seu estilo e diferenciava-se dos demais. Além de utilizar efeitos considerados avançados na época para recontar suas aventuras nas páginas das HQ's. Eisner investiu no enquadramento cinematográfico e transportou-o para dar mais vida e movimento aos seus desenhos. Utiliza-se também do ângulo, efeitos luminosos. Não é por menos que é reconhecido no meio dos quadrinhos. O desenhista tem em seu currículo uma passagem pelo Exército Americano, durante a segunda grande guerra. Foi contratado para criar cartazes e histórias em quadrinhos para entreter os soldados. Com certeza, a arte seqüencial mereceu ter entre os seus alguém tão talentoso e especial.

Will Eisner foi professor de quadrinhos na "Scholl of Visual Arts" em New York e é autor de "Comics and Sequential Art", além de ter um prêmio com seu nome, o "Eisner Awards".

Para finalizar nada melhor do que a fala do próprio:

"Eu não choro ou grito quando desenho, mas sinto como se isso acontecesse dentro de mim".
"É duro para qualquer artista honesto se tornar influência para outros criadores: Acredito que cada um precisa ter a mesma perspectiva de um jornalista imparcial". Eisner

O morcego retorna triunfante


Batman volta as telonas mais uma vez pra mostrar que as histórias do herói são sempre bem vindas. A obra prima de Bob Kane e Bill Finger surgiu logo após o sucesso da criação do Super-Homem. Era a onda de heróis com super poderes. Mas Batman é diferente do Superman. A DC Comics acertou ao investir num personagem de quadrinhos que utiliza mais a inteligência do que a força, além de não ter poderes sobre-humanos. Batman é um bilionário empresário, seu alter-ego é Bruce Wayne, uma criança que presenciou a morte de seus pais. Sua obsessão em compreender o crime o levou a transforma-se no homem morcego. O personagem foi trabalhado ao longo de sua história e sofreu mudanças e adaptações. Novos vilões e ajudantes do morcego foram incorporados aos poucos. Mas a essência sempre foi a mesma. A renovação de Frank Miller concedeu uma nova cara para o herói. Nasce o cavaleiro das trevas, mas sombrio e vivido. "Batman Cavaleiro das Trevas" é uma boa investida após o sucesso de Batman Begins dirigido por Christopher Nolan. Para os fãs das aventuras do morcego em quadrinhos a boa notícia é que a produção foi inspirada nas Hq's de Frank Miller, "Cavaleiro das Trevas". Mas, a má notícia é que não tanto. A história na HQ acontece num futuro em que Bruce abandonou suas incursões noturnas como morcego há 20 anos. O cenário em Gotham City é o domínio do crime e a situação americana não está muito boa. O governo está a beira de uma guerra nuclear. E é a lembrança da morte de seus pais que faz com que Wayne retorne a combater os criminosos. Obra de Frank Miller não fica longe do caráter sombrio e instigante. É um clássico das HQs. Gosto desta versão de Miller, pois ele apresenta a mídia quando explora noticiários televisivos, as visões de testemunhas em relação aos fatos, tudo isso, para mostrar o que as pessoas pensam sobre a volta de Batman. Pode-se perceber uma critica a mídia sensacionalista e ao governo americano que só pensa em expandir seus poderes e não liga para a situação critica que assola e amedronta a população. Contudo, pra mim, o mais legal desta HQ de Miller é a batalha entre o morcego que ressurgiu das trevas e um super-homem facilmente manipulável. Pra mim é a batalha mas esperada pelos fãs das HQ's.

Batman é um velho conhecido também nos cinemas, já foram feitas muitas produções para as telonas. Filme com uma boa história, roteiro bacana e atores convincentes.

Vamos conferir. Por que o morcego nos espera.

Inveja pouca é bobagem




Não é a toa que o cara é considerado uma fera dos quadrinhos. Neil Gaiman, o produtor de Sandman está no Brasil. Neil foi jornalista, crítico de HQs. Mas, acabou dedicando-se somente aos quadrinhos. Gaiman que veio para a Festa Literária Internacional de Paraty no Rio de Janeiro, além de autor da série Sandman, foi co-roteirista do filme "Beowulf" e "Stardust- O Mistério da Estrela", dentre outros trabalhos. A forma como o autor cria seus universos, personagens é totalmente rica e profunda, além da excelente qualidade do texto.


Recentemente o autor anunciou que está trabalhando na adaptação de sua obra, "Os Filhos de Anansi" para o cinema. A história promete e os fãs aguardam
boas adaptações que não descaracterizem a obra original.
Escolhi algumas adaptações que pra mim foram as mais fieis e bem feitas:
Sin City:
A obra de Frank Miller, É dividida em onze histórias que acontecem em Sin City, a cidade do pecado. Apresenta histórias curtas da característica cidade. De caráter misterioso cai no gosto da critica que considera uma das mais fieis adaptações dos quadrinhos para a telona. Em Sin City o mistério é a palavra e os pecados, de cada um, são desvendados pouca a pouco surpreendendo a todos.
300:
300 de Esparta que em breve terá continuação também é caracterizada pela fidelidade da adaptação. A história dos guerreiros espartanos que com um grupo de 300 homens resistiram ao terrível Xerxes. As batalhas no Desfiladeiro das Termopilas foram muito bem representadas no cinema.



V de Vingança:
V de Vingança é uma grafic novel mais complexa, mas não menos importante. Seu roteiro e qualidade deixam qualquer um sem palavras. Foi aclamado pela crítica e sofreu descrédito dos fãs de Hq's, acho que devida as adaptações mal sucedidas. O governo totalitário e injusto rege a narrativa do filme, mas a esperança ainda existe. Mesmo que esteja esquecida dentro das pessoas. V é quem vai contra este regime. O mascarado quer resgatar a esperança, a paz e a liberdade. Nada mais nobre.

Em breve escrevo sobre as demais adaptações...